Nudibrânquios

Nudibrânquio

São pequenas lesmas do mar, pertencem ao grupo dos moluscos gastrópodes que pertencem a ordem dos opistobrênquios, no qual se encontram as lesmas do mar.

O termo Nudibranchia vem de origem grega e significa "branquias descobertas", por causa dos órgãos respiratórios externos.

Foto: Cibele Sanches - Ilha do Arvoredo - Saco do Batismo

 Existem aproximadamente 3.000 espécies de nudibrânquios, são facilmente encontrados em lugares variados, como no Japão em Osezaki e também na Ilha do Arvoredo em Santa Catarina.

Algumas espécies chegam a medir 40 cm de comprimento e outras são microscópicas, geralmente medem entre 5 cm à 10 cm.

 Nudibrânquios, são animais muito coloridos. Essa riqueza de cores lhe permite uma camuflagem eficaz nos recifes de coral que constituem seu habitat e sua coloração serve também como um aviso aos predadores sobre sua toxidade.

As brânquias são utilizadas para a respiração, são externas e se encontram ao logo do corpo ou apenas ao redor do ânus. Interessante que algumas espécies não possuem brânquias e respiram através da troca gasosa entre a parede do corpo e a água do mar.

Uma curiosidade dos nudibrânquios, é que na parte anterior do corpo, existem quimiorreceptores, denominados rinóforos, que detectam substâncias químicas na água, auxiliam na captura de presas e na busca de uma parceiro sexual.

Essas lesmas do mar possuem um pé musculoso, que se estende por todo o corpo, fazendo movimentos ondulatórios do pé, impulsionam o animal para frente durante a locomoção.

Nudibrânquios, possuem uma estrutura chamada Rádula, que é utilizada para a alimentação. A mesma é uma orgão laminar que fica na boca, coberto por vários dentículos capazes de raspar e dilacerar suas presas. São animais carnívoros, se alimentam de esponjas, águas vivas, corais, anêmonas do mar, caravelas e crustáceos. Algumas espécies se alimentam de ovos de outros nudibrânquios ou até mesmo de lesmas adultas.

 

 Sua forma de defesa é um tanto quanto complicada, seu corpo fica exposto aos predadores. Mas foram capaz de desenvolver algumas formas de defesa, alguns conseguem nadar rapidamente, outros secretam ácido sulfúrico e substâncias tóxicas.
A forma de defesa mais incrível é a capacidade de utilizar as estruturas urticantes ingerido dos nematocistos integralmente e transferindo os funcionais para seu próprio corpo. Quando uma presa captura a lesma, liberam o nematocistos causando queimaduras e lesões no predador.

Foto: Cibele Sanches - Ilha do Arvoredo - Saco do Batismo

Uma coisa muito interessante, as lesmas do mar são hemafroditas, sendo capazes de produzir tanto óvulos como espermatozóides. Porém a estrutura dos seus órgãos reprodutores impedem a autofecundação, evitando o endocruzamento.
No ato sexual, ficam posicionados lado a lado e introduzem os espermatozóides em uma abertura reprodutiva que fica na região interna do corpo. Dependendo da espécie, a cópula pode levar alguns segundos ou algumas horas, mas também existe um registro  de um acasalamento que durou quase cinco dias.

Os espermas ficam no corpo até que a fecundação ocorra, após esse processo milhares de ovos são liberados na água envolvido por uma espécie de muco para que fiquem unidos.
Após o desenvolvimento dos ovos, não há nenhum tipo de cuidado parental e o desenvolvimento até ficar adulto fica sua conta e risco. Quando nasce um jovem nudibrânquio é a miniatura da forma adulta, mas alguns passam por um estágio larval, chamado de véliger.

Foto: Cibele Sanches

Foto: Cibele Sanches

 

Foto: Cibele Sanches

Foto: Cibele Sanches

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